Dois espetáculos no Teatro Nacional

on domingo, 17 de julho de 2011





Com o espetáculo Minha mãe é uma peça, em cartaz neste fim de semana no Teatro Nacional, Paulo já esteve em Brasília em outras ocasiões. Novidade, no entanto, é Hiperativo, peça que completa a dobradinha que o niteroiense fará neste sábado e domingo, na Sala Villa-Lobos.

Quem assiste a Paulo Gustavo em entrevistas ou o vê na pele dos seus personagens não consegue acreditar que ele tem um lado tímido. “Sou um cara normal, me arrependo, mudo de opinião, concordo, discordo. Não tenho esse personagem seguro de tudo, com opinião formada para tudo. Aliás, acho um saco gente assim”, diverte-se. Paulo começou a estudar teatro aos 15 anos, em um curso de extensão da Universidade Federal Fluminense. O curso, segundo o ator, o ajudou a se comunicar com as pessoas, além de o ter tornado um observador melhor, capaz de se colocar no lugar dos que estão à sua volta.

Em Divã como o cabeleireiro Renée, Paulo Gustavo foi visto por mais de 1,5 milhão de pessoas quando o filme, que virou série, foi exibido nos cinemas em 2009. De lá pra cá, o sucesso só aumentou. Recentemente, Minha mãe é uma peça atingiu a marca de 1 milhão de espectadores. Para o ator de 32 anos, as inúmeras viagens, as dores no corpo e toda a falta de glamour foram essenciais para essa trajetória. “Fazer sucesso é delicioso, faz bem para a alma, para a profissão. Já cheguei a dar 14 entrevistas num único dia, peguei voo às 5h da manhã. Tem que ralar”, desabafa o ator, com o bom humor que lhe é costumeiro.


Vestir-se de mulher é apenas um dos detalhes de Minha mãe é uma peça. No espetáculo, Paulo Gustavo reuniu um pouco dos trejeitos da mãe, da avó e da empregada. As tiradas e os conselhos dignos de uma mãe daquelas que adoram se meter na vida dos filhos rendem sequências de risadas. Em Hiperativo, peça que vai virar série no canal a cabo Multishow (a estreia está prevista para 15 de setembro), o ator fluminense tira a peruca e a maquiagem para dar a cara a tapa. No palco, comenta o medo de avião, brinca sobre a própria falta de domínio da língua inglesa e discorre sobre situações cotidianas.

Duas perguntas // Paulo Gustavo Quanto tempo você demora para se vestir de mulher? Eu demoro uma hora para ficar pronto. Aliás, eu chego duas horas antes no teatro, rezo, passo um incenso, tomo um chá e vou me ambientando. A maior dificuldade de fazer uma mulher é humanizá-la todos os dias, não deixar a interpretação ficar mecânica. Quanto mais viva em cena, mais mulher ela fica.

Você tem medo de ficar marcado como um ator só de comédias? Amo a comédia e a melhor forma de você se manter e viver de teatro é com ela. Tenho potencial para fazer outras coisas, mas não sou um cara que espera alguém chamar para fazer nada. Minhas duas peças quem escreveu e produziu fui eu. A única coisa que eu quero é ter saúde para continuar correndo atrás.

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